sábado, 1 de junho de 2013

OS 7 BILHÕES DE EMENDAS PARLAMENTARES E O RODOANEL DE MACEDÔNIA


OS SETE BILHÕES DAS EMENDAS PARLAMENTARES E O RODOANEL DE MACEDÔNIA!

 

Eu já disse neste espaço que o custo da democracia no Brasil é muito alto.

Chego a me perguntar se vale a pena!

 

Sinto-me um idiota quando cumpro o meu dever cívico de votar!

 

E olha que vivi todo o período da ditadura, clamando pelo direito de votar em presidentes e governadores.

Não me venha rotular de porta voz da direita, como costumam fazer os “democratas” e os esquerdistas de fachada, quando nos rebelamos com o lado podre das nossas instituições, como é o caso do Congresso Nacional.

Temos uma das mais altas cargas tributárias do mundo, em um sistema injusto, que pesa mais da classe média para baixo. Os órgãos das receitas federais, estaduais e municipais arrecadam muito. E o que se vê é a má administração deste gigantesco volume de recursos.

Somos um país de péssima qualidade de ensino, que remunera muito mal os professores, os policiais, não há serviços de saúde decente, nem educação básica de qualidade, não se investe em infraestrutura de estradas, ferrovias, portos, aeroportos etc.

A classe média que responde por uma faixa expressiva dessa arrecadação, se quer assistência médica tem que pagar planos de saúde extorsivos e que é “fiscalizado” por pessoas que tem origem no mercado de seguros saúde (empresa como UNIMED etc). É o caso da Agência Nacional de Saúde complementar – ANS que convive promiscuamente com esse mercado.

 

E mais, se você viaja tem que pagar pedágio. Esse custo já é cultural: se não tem pedágio não tem estrada. A receita do IPVA ninguém sabe, ninguém viu.

 

Não bastasse isso, a Chefa do Executivo viaja para a África e perdoa bilhões de dívidas de países administrados por ditadores que estão cada vez mais ricos.  Estes ditadores nunca deixa o poder. Se derrubados, vão para os seus palácios na Europa, longe da miséria e da fome na África. Esse foi o destino de bilhões do contribuinte brasileiro: o bolso de ditadores africanos.

Não se iludam porque não foi matar a fome do povo africano, não!

O lado mais perverso disso tudo é que cada parlamentar custa mais de R$100.000,00 por mês, para o contribuinte.

No entanto, quando lhes é cobrado o cumprimento do dever – de legislar – o executivo tem que liberar sete bilhões de ementadas parlamentares. Nem os próprios parlamentares sabem onde empregar esse dinheiro, nos municípios de sua base de representação política.

Olhem só o exemplo dessa desfaçatez.

Na região de Fernandópolis, quem vai para Mira Estrela (famosa pelos ranchos e pelo turismo de pesca à beira do lago do Rio Grande) passa pela cidadezinha chama de Macedônia.

É um município de dois ou três mil habitantes. Só tem agricultura, pecuária e comércio restrito à população. Não serve aos turistas porque não fica à margem do lago do Rio Grande.

Pasmem! Macedônia tem um rodoanel que circunda mais da metade da cidade, em pista dupla. No trajeto ha três rotatórias. Não há justificativa nenhuma para essa obra. Esse rodoanel liga duas vias vicinais. A primeira conecta Fernandópolis a Macedônia e a outra Macedônia a Mira Estrela. Só, nada mais. As demais rodovias, para quem chega e sai da cidade são de terra, inclusive duas que desembocam no rodoanel.

Sabe o que isso? Fruto de uma emenda parlamentar!

 
              A cidade não tem serviço de saúde, nem de educação acima da média de cidades iguais em todo o País. Isto é, péssimo, como sempre.

Esse é o exemplo do destino dos sete bilhões de emendas parlamentares, que serão doados aos nossos ilustres congressistas.

Na obra de Macedônia não se publica o seu custo. Presume-se elevado, porque todos sabem as falcatruas que envolvem as obras públicas neste País.

A propósito, hoje saiu a notícia na Folha da Região, jornal de Araçatuba, que a Santa Casa local recebeu vistoria do CREMESP, do COREN e da Vigilância Sanitária. Constatou-se não ter médicos, enfermeiros e fisioterapeutas suficientes. E mais, não há manutenção de maquinários para serviços essenciais para salvar vidas.

A Santa Casa funciona sem vistoria de bombeiros.

Resultado o MP ajuizou Ação Civil Pública contra o hospital e o Estado de São Paulo, para corrigir tudo isso. A administração é séria toda a população sabe, mas não há dinheiro.

A Santa Casa de Misericórdia de Araçatuba é o único hospital da cidade que atende, em caráter geral, a população pelo Sistema Único de Saúde.

Não há notícia que entre os sete bilhões de reais, tenha alguma parcela para este tipo de melhoria do serviço de saúde de uma cidade de 200 mil habitantes e que concentra atendimentos à população de maior complexidade de toda uma região composta de aproximadamente dez municípios. Se somar tudo dá quase quinhentos mil habitantes.

Resultado, a Da. Dilma deveria ser responsabilizada pelo perdão de dívidas dos ditadores africanos e os congressistas deveria ter vergonha na cara a começar a trabalhar, porque já ganham muito para isso.

Há poucos dias o Governador Geraldo Alkimin já disse o que venho dizendo há mais de vinte anos: se o povo soubesse o que acontece nos bastidores do Poder Executivo e Legislativo de Brasília, não sobraria pedra sobre pedra.

Não há como ser otimista neste País.

Desculpem-me pelo desabafo.

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário