sexta-feira, 13 de setembro de 2013

JUÍZES DEBATEM ILÍCITOS CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PUBLICA


 

Meus amigos,
Poder Judiciário Estadual de um dos Estados do Nordeste, foco: magistrados em busca de aperfeiçoamento profissional para enfrentar ilícitos contra a Administração Pública (civis, criminal e eleitoral). É sinal de "novos tempos" no Poder Judiciário. 
 
Só falta a modernização da legislação processual, com vistas à celeridade com a limitação dos recursos.
 
Isto, porém, não depende do Poder Judiciário, porque está afeto ao Poder Legislativo. Detalhe: os legisladores do Congresso Nacional são invariavelmente os membros de Poder da República mais atingidos por medidas judiciais contra tais ilícitos. Assim, torna difícil essa modernização do processo judicial.
 
O País está na persecução do redução das impunidades. Não é caminho fácil, entretanto.
 
JUÍZES DEBATEM ILÍCITOS CONTRA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NA BAHIA

 
Juízes produzem 25 enunciados sobre improbidade durante curso da Enfam em Ilhéus

A série de cursos práticos sobre improbidade administrativa promovida pela Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de Figueiredo (Enfam) na Bahia já rendeu seus primeiros resultados.

Os 20 juízes baianos participantes, reunidos nos dias 10 e 11 de setembro no fórum de Ilhéus, apresentaram 25 enunciados que servirão para orientar os julgamentos de ações envolvendo ilícitos contra a administração pública no Estado.

O encontro teve a participação de 20 juízes de nove comarcas da região: Ilhéus, Canavieiras, Eunápolis, Ipiaú, Itabuna, Itapetinga, Jequié, Vitória da Conquista e Uruçuca. Eles se reuniram em grupos de trabalho com magistrados especialistas convidados pela Enfam.

Os juízes se debruçaram sobre casos concretos que tramitam na Justiça e, após debates e votação sobre as complexidades encontradas, apresentam suas conclusões.

Um dos temas mais debatidos foi o da prescrição para os processos. Um dos enunciados prevê que, no caso de reeleição do réu, o prazo previsto no artigo 23 da Lei de Improbidade Administrativa (LIA) começa com o o término do último mandato. Foi aventado ainda que, caso não haja previsão legal, aplica-se o Código Civil.

Os juízes também debateram o bloqueio de bens dos envolvidos em casos de improbidade. Um enunciado determinou que bens ou valores de um beneficiário desses ilícitos podem ser bloqueados, mesmo que ele ainda não integre o processo. A autoridade deve incluí-lo no processo dentro do prazo de até 30 dias, como previsto no artigo 806 do Código de Processo Civil (CPC). Também ficou acertado que é possível bloquear cautelarmente até 30% da remuneração do cargo público como forma de garantir ressarcimento do erário.

Os cursos práticos sobre improbidade administrativa foram desenvolvidos a partir da parceria entre o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e a Enfam que visa à qualificação de juízes para o cumprimento da Meta 18 do Judiciário.

 

A meta determina que todas as ações sobre improbidade distribuídas até 31 de dezembro de 2011 sejam julgadas até o fim deste ano.

Além de Ilhéus, o curso acontece em Salvador e na cidade de Juazeiro, no norte do estado.

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