MEDIDA CAUTELAR NA RECLAMAÇÃO 25.236 SÃO PAULO
RELATOR : MIN. ROBERTO BARROSO
RECLTE.(S) :GUIOMAR ARAUJO DE OLIVEIRA REPRESENTADO
POR CRISTIANE ARAÚJO DE OLIVEIRA
PROC. (A/S)(ES) :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL
RECLDO.(A/S) :TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 2ª REGIÃO
ADV.(A/S) :SEM REPRESENTAÇÃO NOS AUTOS
INTDO.(A/S) :UNIÃO
ADV.(A/S) :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO
DECISÃO:
Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL E PROCESSUAL
CIVIL. MEDIDA CAUTELAR EM RECLAMAÇÃO.
HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DEFENSORIA PÚBLICA
QUE LITIGA CONTRA O ENTE A QUE É VINCULADA.
AUTONOMIA. POSSÍVEL REVISÃO DA JURISPRUDÊNCIA
FIRMADA EM SEDE DE REPERCUSSÃO GERAL.
1. Embora reconhecendo o caráter constitucional da
controvérsia, o Supremo Tribunal Federal negou repercussão
geral à discussão sobre a possibilidade de condenar ente
federativo a pagar honorários advocatícios à Defensoria Pública
que o integra (RE 592.730, Rel. Min. Menezes Direito, j.
06.11.2008). Essa conclusão tem impedido a subida a esta Corte
de novos recursos extraordinários sobre o tema.
2. A superveniência das Emendas Constitucionais nº
74/2013 e 80/2014, aliada à observação das dificuldades
comumente enfrentadas pelas Defensorias Públicas para o
exercício de sua autonomia constitucionalmente assegurada,
convida a revisitar as premissas daquele julgamento.
3. Medida liminar deferida, para determinar a suspensão
dos efeitos da decisão que negou trâmite ao recurso
extraordinário e remessa dos respectivos autos ao STF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário