quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

ANO NOVO VIDA NOVA, ESPERANÇA?

ANO NOVO VIDA NOVA
 
 
Neste início de ano muitas idéias assaltam minha cabeça. A primeira é que não tenho esperança que o Brasil melhore. Há muito pouca gente nas várias esferas dos governos com propositos em avançar nas questões de interesse geral da coletividade.
 
No geral, os dirigentes políticos são poucos preocupados em avançar, embora digam que estão focados nisso. Alguns governantes bem intencionados estão rodeados de chupins (pássaro que não constrói ninhos, come os ovos das outras aves e botam ali os seus ovos) ou cupins (inseto que corrói sem que você perceba as peças de madeira da sua casa), gaviões (aves de rapina, carnívora, traiçoeira que atacam violentamente as outras), morcegos (sugam o sangue dos outros animais), rapousas (velhos profissionais da política que não dormem ficam à espreita e atacam de supresa cargos, verbas oportunismos). E vai por aí.
 
É cultural na sociedade brasileira o egoísmo, egocentrismo, a pouca solidariedade (com mais frequência só em situações extremas), prevalece o espírito da esperteza para obter vantagens a qualquer custo.
 
É uma sociedade que não tem maturidade para detectar que a noção de público e do privado são distintas só na aparência, porque as coisas mais íntimas e pessoais de cada membro da sociedade é de interesse geral da coletividade. Assim, atitude antiética e imoral de cada membro da sociedade nos seus atos e posturas insignificantes, acabam se propagando e construindo toda uma sociedade antiética e imoral.
 
Uma sociedade com este perfil só produz políticos à sua imagem e semelhança: chupins, cupins, gaviões, morcegos e rapousas. 
Eis aí a razão pela o nosso povo não ter o hábito de cobrar dos políticos as suas promessas, nem de desmascará-los nas campanhas, quando fazem promessas irrealizáveis ou que sabidamente não serão cumpridas, com projetos não factíveis e inverossímeis, por falta de verbas, de infraestrutura material e administrativa. 
 
Outra idéia que não me anima neste novo ano é essa euforia de consumismo estimulado pelo governo e financiado por bancos. Essa estratégia não trará crescimento econômico, a Dilma pode se contentar com um pibinho em 2013. Não vem pibão coisa nenhuma. O povo brasileiro já é espoliado por uma carga tributário descomunal, agora está se endividando com juros extorsivos.
 
O quadro é desanimador porque os impostos não retornam em serviço público de qualidade. O SUS é um caos; se quisermos estradas melhores, pagamos pedágios; a educação públicas é um descalabro etc. O que se vê é o governo concedendo benefícios fiscais às empresas, sem exigência de retorno e as empresas continuam reclamando e não investem em melhorias.
 
Além disso, são incentivos pontuais e direcionados para setores econômicos que têm forte representação sindical dos operários.
A agropecuária, por exemplo, não tem incentivos que merece.
 
Assim, entupiram nossas estradas e cidades de carros nacionais e importados, enriquecendo as montadora multinacionais e os bancos. Não havia e não há infraestrutura para absorver tantos veículos.
 
É ótimo ver que pessoas de menor renda comprando o seu carro, ainda que usado. É sinal de distribuição de renda e acesso a um bem de consumo que sempre foi o sonho de muitos brasileiros.  Falta contra partida da infraestrutura para absorver esse avanço.
 
O governo que tanto arrecada não conseguiu se preparar para isso. Isso sem falar que na estratégia errada de priorizar o transporte individual, em detrimento do transporte público, em grandes cidades.
 
A opção da popular é arriscar a vida andando de bicicleta, nas grandes cidades. E a mídia faz disso um estardalhaço total. Somos todos idiotas, como diz o Élio Gaspari.
Tem mais coisas a dizer, porém, fico por aqui.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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