quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

CRISE ECONÔMICA? WALL STREET FECHA O MELHOR ANO EM QUASE DUAS DÉCADAS

Wall Street fecha o melhor ano em quase duas décadas

O índice S&P, que inclui as maiores companhias da Bolsa de Nova York, registra o melhor retorno anual desde 1997


Há um ano, Wall Street estava no patamar mínimo das últimas 52 semanas. Agora, começa 2014 com máximas históricas, depois de o índice Dow Jones encadear meia centena de recordes. Isso significa que, no conjunto, 2013 não retrocedeu. A grande questão, portanto, está em saber se será capaz de manter esse ritmo durante os próximos 12 meses, período em que o Federal Reserve (banco central norte-americano) retirará os estímulos monetários ao crescimento. O índice S&P 500, que inclui as maiores companhias da Bolsa de Nova York, registra o melhor retorno anual desde 1997. Subiu 31%, até atingir 1.845 pontos. No caso do Dow Jones, a retomada foi de 27%, até 16.500 pontos, a melhor desde 1995. Embora a melhor rentabilidade tenha sido da Nasdaq, com uma alta de 40%. Nesse caso, entretanto, teria de subir além dos atuais 4.155 pontos para alcançar o recorde atingido na bolha tecnológica de 2000.
Entre os papéis que mais subiram se encontram o da locadora virtual Netflix e o da rede de produtos eletrônicos Best Buy, que triplicaram sua cotação. Também apresentou recuperação espetacular a fabricante de carros elétricos Tesla, com 350%. Yahoo! e Facebook conseguiram duplicar seu valor nos últimos 12 meses, enquanto as ações do Google são cotadas a 1.100 dólares (o equivalente a 2.476 reais) cada, depois de uma alta de 58%. A Apple se recuperou 8%.
Entre os papéis que mais subiram estão o da locadora virtual Nexflix e o da rede de produtos eletrônicos Best Buy
Foi historicamente alto o nível de Wall Street, assim como foi historicamente alto o balanço do Fed, que acumula ativos avaliados em quatro bilhões de dólares (o equivalente a quase 9,37 bilhões de reais) e continuará crescendo nos próximos meses. O processo para a volta da normalidade monetária, entretanto, está oficialmente lançado e a retirada dos estímulos é uma das forças que podem afetar o equilíbrio de Wall Street ao longo de 2014.
O comportamento do mercado de ações contrasta com o de bônus, que em 2013 registrou seu primeiro ano em terreno negativo em mais de uma década. A taxa de juros a 10 anos está acima de 3%. O ouro também se despede do ano no vermelho: a onça cotada a 1.707 dólares (4.000 reais) no final de 2012 pode ser comprada agora por 500 dólares menos (1.171 reais). No caso do petróleo, o preço do barril oscilou entre os 85 e os 106 dólares (entre 199 e 248 reais) , fechando o ano cotado em 100 dólares (234 reais).
O avanço da economia será determinante para ver como o Fed fará para tirar o pé do acelerador antes de pisar no freio, coisa que não se espera para antes de meados de 2015. E também para antecipar o desempenho das empresas. De fato, o sólido rendimento do S&P 500 este ano não foi acompanhado com o mesmo vigor pelo incremento dos lucros das grandes corporações. Uma melhora da economia implica também taxas mais altas de juros nos bônus.

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